Beleza e sua Origem.
Há evidências de que a preferência por rostos bonitos surge no início do desenvolvimento da criança, e que os padrões de atratividade são similares aos diferentes sexos e culturas, A simetria é também levada em consideração, pois ela indica a ausência de defeitos adquiridos ou genéticos. Diante do estilo e da moda variarem amplamente, pesquisas com diferentes culturas encontraram uma variedade de pontos em comum na percepção das pessoas sobre a beleza. A mais antiga teoria ocidental de beleza pode ser encontrada nas obras dos primeiros filósofos gregos. Os pré-socráticos,a exemplo Pitágoras , com sua escola Pitágorica viu uma forte conexão entre a beleza e a matemática. Observaram que os objetos com medidas de acordo com a proporção áurea pareciam mais atraentes. Platão considerava que a beleza era a idéia (forma) acima de todas as outras idéias. Aristóteles viu uma relação entre o belo e a virtude, argumentando que "A virtude visa à beleza." Na forma de Filosofia Clássica como as esculturas de homens e mulheres produzidos de acordo com os princípios desses filósofos de ideal da beleza humana foram redescobertos no Renascimento europeu, levando a uma re-adoção do que ficou conhecido como um "ideal clássico". Em termos de beleza humana feminina, uma mulher cuja aparência está em conformidade com esses princípios ainda é chamada de "beleza clássica" ou diz-se que possui uma "beleza clássica", enquanto que as bases estabelecidas por artistas gregos e romanos também forneceram o padrão para a beleza masculina na civilização ocidental. Durante a era gótica o cânone estético clássico da beleza foi rejeitado como pecaminoso. Somente Deus é belo e perfeito, enquanto o homem é falho pelo pecado original e não pode alcançar nenhuma beleza em sua vida se não for através de Deus. Mais tarde, a Renascença e o Humanismo rejeitaram essa visão, e consideraram a beleza como um produto da ordem racional e da harmonia das proporções. Artistas e arquitetos da Renascença criticaram o período gótico por ser irracional e bárbaro. Este ponto de vista sobre a arte gótica durou até o Romantismo, no século XIX. A Idade da Razão viu um aumento no interesse na beleza como um assunto filosófico. No período romântico, Edmund Burke apontou as diferenças entre a beleza em seu sentido clássico e o sublime. O conceito de sublime de Burke e Kant nos permitiu compreender que, mesmo a arte gótica e a arquitetura não sendo sempre "simétricas" ou aderentes ao padrão clássico de beleza como o outro estilo, não são possíveis dizer que a arte gótica é "feia" ou irracional: é apenas outra categoria estética, a categoria sublime. Viu-se no século XX uma rejeição cada vez maior da beleza por artistas e filósofos, que culminou na antiestética do pós-modernismo. Embora a beleza fosse uma preocupação central da principal influência do pós-modernismo, FriedrichNietzsche, que defendeu que a vontade do poder foi a vontade da beleza.
No Ambito deste assunto temos também a Beleza Universal e científica que foi abordada pelos gregosna descoberta do número de ouro, uma relação de proporções que obedece a uma escala constante. Seu padrão é uma relação de um lado com dimensão "1" e o outro com dimensão “1.618’’ (...) ou “0.618”(...). Apesar de ser um número importante na natureza, também não é o único, havendo as escalas decimais, a relação de 0,7, entre outras. De certa forma, apesar da predominância de alguns números constantes, pode-se constatar que para diversas espécies há uma proporção específica que poderá gerar a "beleza" orgânica (formas, sons, cores...).Na cultura grega e romana, e consequentemente na ocidental pós-helênica, houve a constante aplicação destes padrões numéricos, em especial no Renascimento, uma era "racionalista", e ainda hoje é fartamente aplicada na indústria do design de produtos, nas artes plásticas, arquitetura, automobilismo. Por outro lado, estas relações de proporção podem ser encontradas nos corpos de diversos animais e em eventos que não participaram de um processo seletivo visual. Dessa forma, não se pode inferir que a beleza seja um aspecto relativo aos mamíferos e às aves, já que a proporção de flores, répteis, insetos, peixes e toda a fauna e flora seguem padrões analisáveis e em geral, associados ao número de ouro. Então, provavelmente a beleza é uma função constante no universo, manifesta em qualquer momento onde haja menores níveis de entropia, ou ainda, uma tendência da organização do universo em direção a elementos proporcionais, relacionando-se desta forma, à harmonia como elemento de composição do real.
Beleza singular
A beleza grega e romana, a beleza matemática e científica é derivada de um universalismo asséptico e puro, não contaminado com as eventualidades (ruído), de certa forma. E portanto , deve no mínimo, agradar a todos, mesmo que não possa ser considerada tocante. É o que Giulio Carlo Argan segregou e categorizou como Clássico (na acepçao arganiana). Em contrapartida, ele criou a definição Anticlássico, para designar tudo àquilo que seria belo em determinado momento, para uma minoria específica. Os quadros abstratos de Kandinsky ou Miró, por exemplo, não guardam nenhuma relação matemática e portanto , não podem ser "medidos" pelos critérios iniciais. Mas agradam a muitos, e inclusive, podem ser considerados por outros tantos, mais tocantes e essenciais que qualquer produção clássica. A arte contemporânea apresenta forte presença do anticlassicismo, relacionando-se mais à interpretaçao dos signos e ao roteiro da obra, e seus aspectos situacionistas que ao aspecto harmônico-material (visual) do produto.
Beleza Platônica, religiosa e símbólica.
Para a filosofia, a beleza advém da pureza do raciocínio, da surpresa e da consistência dos axiomas. Raramente está relacionada à aparência superficial (salvo no caso das correntes como o hedonismo, por exemplo). Já para os religiosos, a verdadeira beleza está na integralidade da propriedade da conduta do indivíduo para com um plano sagrado, em detrimento do mundo físico. Quanto mais completa é a imersão e desprendimento do mundo vulgar, maior beleza há naquele que a faz viver. O ser humano é um organismo complexo e misto. De forma incisiva, a presença do fator simbólico na constituição das sociedades, dominando os insintos e, portanto o plano biológico, gerou um nicho (ecológico) simbólico-social onde há constante movimento, evolução, reciclagem, revisão e ondas de valores sociais que alteram profundamente os pontos principais que determinam os fundamentos da beleza humana. Além disso, as diversas fontes de sua acepção fazem com que ela seja o resultado de uma sobredeterminação, excluindo assim a possibilidade de qualquer tentativa de isolamento de sua realidade absolutamente singular e múltipla. Enquanto para os animais a beleza está relacionada a impulsos nervosos primários, para os seres humanos esta abordagem seria absurda. Há transformação e desdobramentos dos critérios a respeito do belo em toda a história da humanidade, trazendo muitas vezes elementos cômicos (as gordinhas da renascença e a Vênus de Willendorf por exemplo... ou as anoréxicas contemporâneas, nem tão cômicas assim...) que comprovam a subordinação de todos os conceitos de beleza às sociedades que os geram, variando temporalmente, racialmente, socialmente (também economicamente...) e geograficamente. E muitos outros entes que a determinam assim, volátil e instável para o critério humano.
Em fim a Beleza Humana um conceito social, e frequentemente resultado da intersecção de diversos fatores biológicos, sociais, climáticos, ambientais e históricos. Nos anos 90 houve uma massificação do corpo esbelto, induzindo muitas mulheres à anorexia. Atualmente, tenta-se desmontar o conceito através de normas que variam entre as nações. No Brasil já existe uma lei em vigor que regulamenta o peso mínimo das modelos com relação a padrões corporeos. Outro critério importante para a beleza humana é a simetria. Pesquisas recentes demonstram que rostos simétricos tendem a ser considerados mais belos que os assimétricos Além disso, mescla-se ao conceito de beleza corporal humana a sexualidade, quando a referência é o corpo físico (e não a beleza interior). Nesse caso, as presenças de caracteres sexuais secundários mais marcantes elevam o nível de beleza da pessoa que os possui.
A beleza se divide também em atenções nas diversas partes do corpo como nas unhas, cabelo, maquiagens e cuidados com o corpo.
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